Deito o meu corpo
junto do velado.
Imagino se morresse
ali mesmo
Morta por uma faca
feita de palavras
E todo o meu sangue
correria em sentido de libertação.
Pergunto-me se
morreria feliz.
Não tenho um sentido
para dar à vida.
Reina a anarquia
dentro de mim
Por não me saber
comportar perante a existência.
Tudo o que faço é
deitar-me junto
Destes corpos e
imaginar
Uma vida sem o
sôfrego e fatídigo viver.
Sou eu quem difama a
beleza de tudo isto.
Mal agradecida, peço
o meu lugar cativo
Fantasma, em sítios
de desconhecimento total.
Peço por um refúgio,
peço-o em súplica.
Hesito. Não sei se
hei de chorar como os outros.
Tudo isto é bonito:
quem está morto é finalmente de ninguém
E toda a gente se lembrar de chorar.
Sem comentários:
Enviar um comentário