Agarra-me, que eu
preciso
De um vão de escada
seguro à minha amargura.
Agarra-me agora que
eu preciso
De um punho firme e
um beijo de boa noite,
De fazer amor ao som
mudo das estrelas.
Agarra-me que eu
preciso da certeza
De sermos felizes por
sermos nada,
Sermos pinturas em
ruas vãs de uma cidade qualquer,
Varridos pelas noites
tardias feitas de viagens
Às luas abstractas de
Saturno e outros prazeres que tais.
Mantém-te assim fiel
às curvas minhas
Que são as nossas de
desentendimento.
Mantém-te fiel às
curvas que fazem a distância
Entre a saudade e o
que somos ao imaginar
Rectas abstractas de
caminhos infinitos,
Destinos cruzados por
ciganas esfomeadas
De sonhos onde possam
ver o Mundo inteiro
E dizer que amanhã
ainda nos vamos poder amar.
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