31.3.13

Primavera

Já não sou eu quem era
Não sei o que vou ser.
Não me encontro concrecta
Sou vento, de tão incerta.
Semeio palavras de amor platónico
Colho a dor do desamor
Deixei ao monte, o passado
Inverno frio, campo desflorado.
À perfeição pelas nuvens olho,
Raios de sol que me rasgam
O corpo, e à mente me trazem
A primavera, momento de viragem.

Ser vida arrancada por uma mão,
Renascer em nome da criação
Tornar-me assim infinita
À espera do dourado verão.

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