17.3.13

#

Chatos dos carros a passar lá fora
Chata da respiração, que não pára
Para morrermos
E termos finalmente silêncio. 
Chato o facto de roer as unhas, 
Chatas, as unhas a arranharem a pele. 
Mandar calar cada ruído
E ouvi-los cada vez melhor. 
Tudo faz barulho
Até o andar alheio, 
Chatos passos que se ouvem aqui
Juntamente com o vento que assobia 
Por não saber o que quer
Alienado, alienado chora
E nós não ensurdecemos.

Sem comentários:

Enviar um comentário