11.3.13

Desconforto

De carinhos,
Nunca fui.
De amar,
Muito menos.
Mas quero tudo
Tudo quanto possa querer
E ter.

Deixa-me triste ver a amargura,
A minha. A minha que é insalubre
Que vejo em tantos outros corpos, insalubres também,
E que na minha encontram conforto
Sem saber eu o que lhes dou.

Não sei abraçar, nem chorar com eles.
Não quero saber sequer como é sê-los.
Quero apenas murmurar ao tempo para parar,
Ter aquilo que quero,
E no fim então, poder chorar.

Dizer-lhe que aprendi a amar
Como qualquer outro que passa pelo meu passo acelerado,
Que foge do tempo que não lhe dá nada,
Nem aquilo que ela quer
Conforto.


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