a exaustão vai-nos ganhar a todos -
nem a areia se vai apoderar do mar,
nem o mar irá vomitar a areia que te trouxe à boca do horizonte
(porque a vida é feita à boca).
e aos nossos corpos cruzados e esticados em ângulos convergentes
de fatalidades desejadas e confissões incoerentes
damo-lhes uma réstia de consumo a que chamamos amor
na esperança de um éden encontrado no nervo de um peito
a que chamamos desejo
e o que sobra é a brisa de fim de tarde idílica a passar-nos pelos olhos
sem que nós a engracemos.
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