não sei o que escrevo de cor.
da faculdade da memória só o amor desprezado,
essa tórrida solidão que é tocarmo-nos a nós próprios,
sem sabermos ao que soa a voz do outro.
o incomodativo no peito, a repulsa até ao vómito,
a intermitência da dor física a tornar-se psicológica -
elevar a tua presença à minha inteligência,
e mesmo assim não saber de cor o que escrevo
(e adversamente, saber-te a ti.)
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