29.12.14

#19

A tua palidez não deixa que os contornos da inteligência se revelem - não é pelo suar que descubro a tua crueza. Não és belo - nunca o foste. É pelo teu sentido de respiração, pelo que deixas entrar. É pelos monólogos que tens ao espelho com as tuas utopias e desejos. Há sempre uma vergonha tórrida em assumir isso, há sempre uma certa vergonha em assumir que é amor.  Não é só a fermentação dos dois aquando num só - há todo um sentido de existência de que é um outro em nós. A consciência do medo vem daí. A intrépida segurança dos nossos limites surge aqui - temos sempre de nos ver noutro alguém?

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