23.7.14

A dois

os braços rodeados por outros,
os beijos húmidos nos poros da pele,
o arrepio que se assemelha a uma faca a cortar a coluna,
suores que se fundem com lágrimas,
a eterna pergunta, a para sempre dúvida,
a verdade construída aquando um no outro -

não tive ninguém bom que me ensinasse
que a dois é que se deseja ver o universo e
a impossibilidade que é tê-lo numa mão por mais que segundos.
se disseres que me amas, no espaço que existe entre
as nossas respirações de boca entreaberta,
fico-te agradecida - porque eu não sou capaz.

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