14.10.13

lunaris

Deita a luz da lua sobre o corpo,
o menino da catequese bem comportado,
sentado, perna cruzada,
pálido, reflector da sua magnificência.
Já sabe o que é amar
e de onde vem todo o sangue
caído da sua (perdida) virgindade.
Sabe de cór os movimentos que a elas
as elevam ao luar e o bem que lhe faz
puder sonhar e pintar.
Masturba-se em noites onde a lua
se esconde do sol e ninguém o pode ver.
Masturba as rezas com as ideias vanguardistas
do seu sangue em fervor por criar.
Anseia quanto mais prazer poderá a vir ter
enquanto a mãezinha simula educações
de mezinhas e santidades sôfregas,
que a ele só o levam a encolerizar
etiquetas e outras regras de bem estar.
Mente, descaradamente, ao dizer
que a noite sempre permanecerá
e que a sua libertação nada tardará.
E a lua deita-lhe a luz sobre o corpo
para a verdade ele poder
des-man-te-lar.

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