25.8.13

Tacteio a minha cara na esperança de me reconhecer. Depois de tanto não te ter comigo, sei como te reconhecer melhor do que a mim própria. A distância tem destas coisas - aprende-se a conhecer de outros modos aquilo que não conhecemos de nós próprios. Se eu não me conhecia, aprendi a conhecer-me porque te conheci. Não digo que me és simétrico ou siamês, és-me de uma forma muito própria por não me teres mostrado o que sou. Deixaste-me descobrir - assim como eu só me consigo ver em frente a um espelho, consegui conhecer-me através das tuas manifestações perante as minhas - é tudo um ciclo reflector, e tu reflectes aquilo que eu sou. 

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