17.6.13

poema sobre o luar

perdi-me ao passar
nas nuas ruas
do amor anónimo,
platónico.
aqui não há sossego
e a noite palpita
o assalto repentino
aos poemas sobre
o luar. 

cerra-se a bruma
no teu olhar,
e o teu peito
a madrugada 
faz chegar. 
e só o respirar
é confusão
a quem não quer
saber como é amar. 

e tudo baila
na esquina tranquila
do boato que 
o amor é ao acaso. 
e acende o lume
as palavras 
deambuladas no 
fio fino que é 
duvidar.

tudo acaba. 
e o eterno cigarro
apaga-se no silêncio
do passeio ao mar
onde morre 
rotineira, a lua
bêbeda que chegue
para o sol sempre
voltar. 

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