Fragmento-me pelas ruas,
Vejo-me naquele que passa e no que passou.
Escrevo para eles, o que senti por não os poder ser
E em anonimato, sê-los somente quando escrevo.
Imaginar as formas da existência de cada um,
Pô-las na minha quadrada vivência
Ser assim mais do que a pele que me limita o ser,
Ser muitos porque alguém é quem eu quero ser.
Viver na abstracção de me conhecer.
Querer despir-me dos sonhos dos outros
Não me conseguir encontrar nua e livre dos todos
Criados, por ainda não me saber ser.
Culpar a solidão por não o saber fazer.
Ter medo de não ver reflectidos no espelho
Os sonhos que fui criando e em apatia ficar,
Sem nunca mais saber o que é imaginar.
Sem comentários:
Enviar um comentário