28.7.11

Alucinações dos quase 16

Já não peço nada a ninguém.
Quero (e lá está o "quero" egoísta e mimado) maturidade suficiente para fazer uma introspecção. Não tenho nada a contar. Só me quero saber de cór, se bem que não me apetecia explicar-me em palavras complicadas que ficam encravadas no seu significado e que impedem os meus dedos de as articular. A minha boca já não articula essas palavras. A minha cabeça limita-se a pensar nelas, fechadas, não a sete mas a oito chaves. Ficam enclausuradas, como às vezes me sinto quando não existe razão para sentir.
Alucino com o nada caóticamente cheio. Alucino com o controlo que é exigido a mim própria. Alucino com o remexer do ar à minha volta. Sufoca-me. Alucina-me o lidar com rotinas, com círculos monótonos, com o não haver espaço para a que-
bra, para o livre do sentir.
Estou a precisar que uma rajada de vento me tire do ar quieto e sossegado.

1 comentário:

  1. leoa, leoa. ninguém se conhece completamente, há sempre qualquer coisa que vais descobrindo e que te espasma. podes conseguir mesmo escrever o que és mas nunca vai estar completo.
    e depois, és como eu nesse sentido de ser uma desassossegada e odiar rotinas. tenta fazer qualquer coisa diferente todos os dias. faz uma lista de sítios e de coisas que nunca chegaste a fazer por preguiça (sim eu já te conheço um bocado sua lontra).

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