18.5.11

Na 1ª Pessoa

 Os tropeções são sempre chatos. Então tropeções na memória, ainda mais... Quando relembro, vivo enclausurada na mente aquilo que já passei: Revivo.
  Metamorfose houve muita, principalmente no sítio onde deveria estar mais que encontrada e que não me devesse perder. Mas o pânico dessa perdição fez-me sentir Viva.
Não posso negar, a minha personalidade continua marcada, como rugas que se marcam na pele. O que se metamorfoseou foi a maneira de ver o mundo. Foi uma captação constante de tudo o que me rodeava, mas com outros olhos.
Aprendi a aprender-me com aquilo que deveria ser o mais simples. As pequenas coisas passaram a ir ao profundo, e a voltar à superfície em arrepios de pele.
Várias gotas caíram: de suor, de risos inacabáveis, e das próprias amarguras do sótão das memórias atormentadas.
No fim deste começo, só me quero contar que metamorfose ainda vai ter que haver, e Muita.
No fim descobri que no dia em que me deixar de procurar, a minha metamorfose acabou.
E essa procura chama-se vida.

Fotografia e Edição: Joana Marques

5 comentários:

  1. feira do livro ❤ gastei a mesada todinha lá

    acho que o texto está com demasiada volta, embrenhaste-te muito, a intensidade e verdade estão lá mas precisa de um núcleo e de palavras mais fortes mais - tipicamente jane!

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  2. Para além do texto, muitos parabéns pela fotografia!
    Beijos.

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  3. E Mia, o "apaga apaga" virou "edita edita", tens razão o texto estava muito círculo, por isso reescrevi-o com as ideias bases do primeiro :)

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  4. Bom texto, faz-me lembrar alguma coisa.
    Eu já decidi, vou para têxteis e faço comunicação na faculdade ;D

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