30.8.14

em prosa

Continuas dúbio, infiel ao carácter que te foi moldado numa noite onde o céu serviu de lençol à lua e ao sol. Infiel a mim - continuo à espera que me sirva agora o céu de lençol - de aconchego tímido. Continuo à espera que as palavras se façam crescer dentro do nervosismo acumulado no estômago, e que as diga - que as digas. Serão estas continuidades que fazem uma vida? As relevâncias não a fazem de certeza. Talvez estejamos destinados a continuar o que o universo já prolongou até nós - e a sermos, só isso seremos.

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