28.10.13

ner·vos

Aparentemente, a calma
o sossêgo de quem não sossega nunca
nem no conforto da morte
nem na discrição da insignificância.
Por dentro a asma, o anseio
pelo que não chega, pelo que não tarda.
Sou dona de vários infernos
e não passo de uma criança.
Ligo-os a todos por filamentos frágeis
a que chamo nervos
e assisto à anatomia a queimar-me em febres
nas noites em que deliro
por não saber amar.

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