19.9.13

A Espera

foram corpos mortos
ao som de relógios 
que compassam o finito. 
os gritos foram libertos, 
o amor dado, 
a vida ainda por aprender 
que só serve para 
unhas serem cortadas. 

a pulsação imóvel 
pede ao mais rele desejo
a vontade de voltar. 
para quê? fornicá-las até à última? 
só se servem de putas 
estas mortes repentinas. 
e eu, na preguiça mais crua
espero sentada por uma delas. 

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