10.7.13

apneia

Mergulha em mim a ânsia, o desejo, o nervoso.
Mergulha em mim a noite, o escuro, a alma
Vádia de poeta sem corpo
sem dor.
A escultura de uma vida em suposições;
ainda por esculpir as palavras que dão
forma à abstracção que é
deambular.
Instrospecção.
A morte que começa em não respirar,
o corte à monotonia, tédio, a rotina!
A apneia
A ferida fina e funda aberta
O caminho ao conhecer
Do mergulho ao espaço, ao tempo, ao céu
A mim
que não sei saber quem sou
e converso comigo mesma - todos os dias
enquanto a noite mergulha em mim:
a loucura
o amor
a merda
com que me júbilo em palavras
igualmente fatais.


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