15.6.13

Insulto ao amor

- Filho da puta!
morre nos teus braços
o tempo
digno dos maiores
enganos, e tu
fodes-me a alma
tanto que a trazes ao mundo
por saberes como a domar,
por saberes também
como domar o tempo
e reduzi-lo ao que ele
realmente é - tempo.
E ao espaço grito,
- Filho da puta!
que o amor tem
de ter escárnio
e mal dizer para ser
realmente amor
de peito cheio
e de coração posto
nas mãos.

E agora
que estás a olhar para mim,
digo-te, - Filho da puta
que a tua mãe ensinou-te a amar
mas a minha não.

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