De cotovelos postos na mesa e queixo sobre as mãos, pálido e trémulo, fazem-lhe a forma da face as lágrimas salgadas que chora sem saber porque as chora - e é isso que o ocupa: pensar no porquê de se comportar como um mar - e tal como o mar ocupa sempre o mesmo sítio mas ruge revoltoso sem saber porquê, ele chora porque também se quer ir embora e porque também precisa de perder a voz por alguma coisa
(nem que seja por mandar à merda tudo à sua volta).
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