21.1.13

"Teoria do Anonimato" - Memórias de andar

A cada passo
Uma memória
Surgida do bafo,
Do negro cigarro
Fumado. Passado.
Em cada esquina
Um momento, uma fotografia.
Apatia, falsa simpatia
Nesta cidade,
Já nada novo, tudo morto.

E eu morta também
Por não ser vista
Resta-me a multidão
Onde em todos vejo um de mim,
Um de mim de que me vou lembrando
No anonimato que é conhecer-me
No anonimato que é andar
Nesta cidade,
Onde já nada é novo, tudo morto.

Mas a memória,
Maldita guardiã
Não jaz enquanto é dia,
Nem quando é noite
E insiste em assaltar-me
No ofício que é apenas andar.
E como eu gosto de pensar...

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