25.12.12

Filosofias de sofá

Estou a conversar com os meus botões, como a avó diria: conversas casuais com botões que nos levam à nossa existência ou à nossa vivência.
Perguntamo-nos porque é que existimos, assim como nos perguntamos o que é morrer. Fantasiamos respostas quando sabemos que para aquilo que queremos viver é para um amor; a solidão obriga-nos a mentir e assim, a apenas existirmos. Se não somos nada, se não sentimos nada, só existimos. Existimos para morrer. O amor magoa-nos, dói-nos viver com ele, somos infelizes com ele. Mas viver é ser-se infeliz. Até a própria infelicidade contem felicidade, e assim só os infelizes é que podem contar como é ser-se feliz.
E a morte torna-se também ela, feliz. 

Sem comentários:

Enviar um comentário