6.11.12

monólogos com os teus olhos

Olho os teus olhos - para dentro deles - em vez de me perder na linha do horizonte, perco-me em jogos inconscientes onde tento decifrá-los, e onde a tua dócil inocência teima em ganhar-me - em despir a roupa velha que já se moldou às minhas formas cruas e frias. Sem elas fico desprotegida - perco a opaca pele e deixo que os teus olhos me olhem, na mais transparente forma de olhar - aquela que deixa que me conheças.

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