30.6.12

de Noite

A última luz do bairro apagou-se.
Mantenho-me na janela enquanto a noite
É cada vez mais noite, e cada vez cai mais.

A noite envolve porque é negra,
Mas o negro não me dá para dormir.
Sofro com a insónia de pensar no que já foi de dia.

Não são horas para se pensar!
Não são horas para se viver!
Dizem eles...

A lua já não se vê no alto,
Foi comida pelo sem-fim azul,

E sem um fim está também a vida,
Que mais uma vez recomeça.

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