28.1.12

O velho

Passeava-se lentamente pelas ruas
À procura do amor e do prazer
Que as rugas já não o deixavam ter.
Era sozinho quando ficava sozinho,
Quando nem a solidão queria ficar com ele
Numa casa que esperava receber gente.
E ele,  sozinho estava.
Parado num envelhecimento
Que já não dava para envelhecer mais.
Rotineiramente, ficava à espera
Que a morte lhe batesse à porta,
E assim deixaria de ser velho,
Para passar a ser ninguém
Naquele bairro
Velho agora também.

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