27.4.11

Cheiros de Tudo, por parte de Alguém que raramente os sente

Tema de conversa a três, sentadas e a comer.
Cada casa, cada cheiro. A casa dos avós, cheira a ternura e a cozinhados (mais a fritos), a móveis velhos, a mofo e a fatos passados a ferro dos dias de (não) trabalho do avô.
A minha casa, com cheiro a pó acumulado por detrás das mil e uma estantes, com mil e uma coisas em cima, cada uma com mil e um cheiros: a stress, a confusão, a movimento, um perfume onde se nota a fragância de que ninguém pára.
E o cheiro da cidade? Cheira a Rua. Cheira a Vivência. Cheira a pedras da calçada. Cheira ao cheiro a mofo que vem dos antigos prédios, e o cheiro a plástico intocável que sai dos novatos da avenida. A Cidade cheira a pessoas, cheira a cada pessoa que vai passando e que com eles, o vento encarrega-se de trazer o cheiro das portas de casa que ficaram para trás. Cheira aos contentores a transbordar de lixo. Cheira a cada gasolina de cada marca de carro. A cidade tem cheiro. Um cheiro que ninguém repara sentir. Hábito?

2 comentários:

  1. :)

    e agora explica o cheiro de cada pessoa, o cheiro de cada família e o cheiro de uma cidade...

    ResponderEliminar
  2. Muito fixe, os cheiros são nossos amigos :)

    ResponderEliminar